Gota de Água
Fui à fonte beber água
Achei um raminho verde
Quem o perdeu tinha amores
Quem o perdeu tinha amores
Quem o achou tinha sede
Dá-me uma gotinha d’água
Dessa que eu oiço correr
Entre pedras e pedrinhas
Entre pedras e pedrinhas
Alguma gota há-de haver
Alguma gota há-de haver
Quero molhar a garganta
Quero cantar como a rola
Quero cantar como a rola
Como a rola ninguém canta
Debaixo da oliveira
Não se pode namorar
Porque a folha miudinha
Porque a folha miudinha
Não deixa passar o ar
Dá-me uma gotinha d’água
Dessa que eu oiço correr
Entre pedras e pedrinhas
Entre pedras e pedrinhas
Alguma gota há-de haver
Alguma gota há-de haver
Quero molhar a garganta
Quero cantar como a rola
Quero cantar como a rola
Como a rola ninguém canta
A Sede de Viver e Amar em Gota de Água de António Zambujo
A música Gota de Água, interpretada pelo cantor português António Zambujo, é uma composição que se destaca pela sua simplicidade lírica e melódica, características marcantes do estilo do artista. A letra da canção evoca imagens da natureza e do amor, utilizando metáforas para expressar sentimentos profundos de desejo e anseio.
A referência à fonte e à água na canção pode ser interpretada como uma metáfora para a vida e o amor. A água, elemento essencial à vida, é comparada ao amor, que é igualmente vital para a existência humana. O 'raminho verde' encontrado na fonte simboliza a esperança e a renovação, enquanto a perda e o encontro do raminho representam a dinâmica do amor, com seus momentos de ausência e presença.
A repetição do pedido por uma 'gotinha d’água' e o desejo de cantar como a rola, um pássaro conhecido por seu canto melodioso, reforçam a ideia de que o amor é tão necessário quanto a água para saciar a sede da alma. A oliveira, árvore comum em Portugal e símbolo de paz, é mencionada como um local inadequado para o namoro, talvez sugerindo que o amor precisa de espaço e liberdade para florescer. Em suma, Gota de Água é uma canção que fala sobre a busca incessante pelo amor e pela expressão da vida em sua plenitude, temas recorrentes na obra de António Zambujo.