Líricopatas 2 (part. Sid, Biro Biro e Nicolas Walter)

Alves / Biro Biro / Nícolas Walter / SID

[Alves]
E hoje posso ver quanto importou
Toda dificuldade que presenciei
Lembrando de quando o tempo se fechou
Conquistas me trouxeram onde eu cheguei
E só

[Alves]
Tenta ver o que eu vi, mas nunca vai saber o que vivi
Pra chegar até aqui, eu percorri caminhos que me arrependi
É uma ida sem volta, uma trilha sem rumo
Damos luz às ideias e acabamos morrendo no escuro
Tenta ver o que eu vi, mas nunca vai saber o que vivi
Pra chegar até aqui, eu percorri caminhos que me arrependi
É uma ida sem volta, uma trilha sem rumo
Damos luz às ideias e acabamos morrendo no escuro

[Sid]
Somos o fruto da geração do esquecimento
Largados no vento, cada um por si
Somos cobaias de um experimento
Do adormecimento da lírica
O hip-hop existe aqui
A cidade é um organismo vivo, não confunda-se
O sistema vai buscar teu mal, não iluda-se
Eu sou só um pseudo-anarquista visionário
Que veio mudar o país
Na base do Caique, acostume-se
Eu sou irritante, sou só comediante
Um traficante de informação ilícita
Em um instante eu torno relevante o que você achou irrelevante
Desde o início de uma forma explícita
Para de implicar, vim para explicar
A diferença entre homens e meninos
Alguns levam o rap como trabalho
Trampam só pra ter salário
Enquanto eu tô seguindo o meu destino
Se não acredita no meu time, então não torce
Se não tá pronto pro preju, então não mosca
Se não cola com minha banca, então não force
Se não tá pronto pra morder, então não rosna
A carreira que escolhemos nunca foi a mais fácil do mundo
E teu erro foi achar que nós somos jovens demais pra tentar mudar o mundo

[Biro Biro]
Rap, hip-hop, classic igual Woodstock
Bate pique rock, deixa os lek em choque
Põe em cheque os lóki
Raro tipo Hitchcock
Cada letra um headshot
Tão pixando fuck cops na esquina em caps lock
Marque ID shot contra bad bot
E pra esses pé de breque rap é arm lock
A cada mic check, armed you make sockets
Só ideia à la black bloc
Pega o notepad, faz de Uzi e Glock
O rap é uma arma que salva da mira do mundo que inspira você a cair
A letra é bala que quando atira dispara coragem pro novo surgir
Mais normal são raps que passam e não ficam
Difícil mermo é raps que edificam
Raps que aqui fincam raízes nesse rincão
Versos tipo Rincon, mensagens letra sim com
E eu espero que agora vocês sintam
Que ao contrário do que pensam, rap não é uma bênção
É bem mais maldição que impede a visão
Bendita são os que encaram a missão
A chama do sonho te chama pra vida
Tipo eu e Caique, é inacreditável
Então incendeia o teu som, irmão
Que essa porra é inflamável

[Alves]
Tenta ver o que eu vi, mas nunca vai saber o que vivi
Pra chegar até aqui, eu percorri caminhos que me arrependi
É uma ida sem volta, uma trilha sem rumo
Damos luz às ideias e acabamos morrendo no escuro
Tenta ver o que eu vi, mas nunca vai saber o que vivi
Pra chegar até aqui, eu percorri caminhos que me arrependi
É uma ida sem volta, uma trilha sem rumo
Damos luz às ideias e acabamos morrendo no escuro

[Nicolas Walter]
Ei, você aí, tá com inveja das coisas que eu consegui
Tudo fazendo free, olha o suor aqui, seu prego
Antes do Sul no mapa não existe um oceano de ego
Cê sabe muito bem do que eu falo
Essa é a cena que todos amamos
Eu combati o vírus do meu próprio estado
Minhas rimas vendem nesse mercado
Chame de flow Aretha Ramos
Falou que não curte meu som
Mas no meu mar cê num veleja
Os tubarões que me criaram
Não aceitam frustração e inveja
Não escutaram Nanda Guedes e muito menos Cachola
Diz união mágica, mas mama se cai no truque
É a mesma desunião causada pela nova escola
Que ao invés de escrever seu som, faz um texto no Facebook

(É, ué, eu errei o tempo do beat? Ah não, é o refrão, haha)

[Alves]
Tenta ver o que eu vi, mas nunca vai saber o que vivi
Pra chegar até aqui, eu percorri caminhos que me arrependi
É uma ida sem volta, uma trilha sem rumo
Damos luz às ideias e acabamos morrendo no escuro
Tenta ver o que eu vi, mas nunca vai saber o que vivi
Pra chegar até aqui, eu percorri caminhos que me arrependi
É uma ida sem volta, uma trilha sem rumo
Damos luz às ideias e acabamos morrendo no escuro

Bendita é o fruto do nosso rap
Nícolas Walter, made once, conexão
Salve DJ Caique, tudo nosso, irmão

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