O Crime de Uberaba
Eu inventei essa moda
Pra uma recordação
Dum crime que se deu
De cortá o coração
Isso foi em Uberaba
Abalou a população
Um rapaz quase criança
Foi matado à traição
Trinta de Julho, quarenta e oito
Foi que o crime assucedeu
Numa bomba de gasolina
Um rapaz ali morreu
Com um tiro pelas costas
Sem ver quem é que deu
Hoje sua pobre mãe
Chora o filho que perdeu
Oh meu filho, tão querido
Que é todo meu coração
Toda noite, eu rezo um terço
E te dou a minha benção
Os meus óio inté secou
Já não posso mais chorar
Só espero a minha morte
Quando Deus de mim lembrar
A justiça aqui da Terra
O criminoso não castigou
Vive solto em Uberaba
Depois do crime que praticou
Mas eu tenho a certeza
Do remorso, ele é réu
Se a justiça não condena
O castigo vem do céu