Meu Velho (Mi Viejo)
É um bom tipo meu velho
Que anda só e carregando
Sua tristeza infinita
De tanto seguir andando
Eu o estudo desde longe
Porque somos diferentes
Ele cresceu com os tempos
Do respeito e dos mais crentes
Velho, meu querido velho
Agora caminha lento
Como perdoando o vento
Eu sou teu sangue meu velho
Teu silêncio e o teu tempo
Seus olhos são tão serenos
Sua figura é cansada
Pela idade foi vencido
Mas caminha sua estrada
Eu vivo os dias de hoje
Em ti o passado lembra
Só a dor e o sofrimento
Tem sua história sem tempo
Velho, meu querido velho
Agora caminha lento
Como perdoando o vento
Eu sou teu sangue meu velho
Teu silêncio e teu tempo
Velho, meu querido velho
Eu sou teu sangue meu velho
Teu silêncio e teu tempo
Velho, meu querido velho
A Doce Melodia da Saudade em Meu Velho
A canção Meu Velho (Mi Viejo), interpretada pelo saudoso Altemar Dutra, é uma homenagem emocionante à figura paterna, explorando a relação entre pai e filho sob uma perspectiva de reverência e reflexão. A música, originalmente em espanhol e intitulada 'Mi Viejo', foi composta por Piero e José Tcherkaski e ganhou uma versão em português que tocou profundamente o coração dos brasileiros na voz de Altemar Dutra, conhecido por seu estilo romântico e interpretações sentimentais.
A letra da música descreve o pai como um homem que carrega consigo a tristeza e a experiência de uma vida inteira, caminhando lentamente e perdoando o vento, numa metáfora que sugere a aceitação das adversidades e o avançar da idade. O filho observa o pai à distância, reconhecendo as diferenças entre eles, mas também a conexão inquebrável que compartilham. A canção fala de respeito, de tempo e da inevitável passagem da vida, tocando em temas universais como o envelhecimento e a memória.
Através de 'Meu Velho', Altemar Dutra consegue transmitir uma sensação de saudade e admiração, elementos comuns em suas interpretações. A música se torna um espelho onde muitos podem ver refletidas suas próprias relações familiares, especialmente com figuras paternas. A serenidade e a figura cansada do pai mencionadas na letra contrastam com a vivacidade e a presença do agora, mostrando como o tempo molda as experiências e as lembranças. A canção é um tributo à figura do pai, ao legado que ele deixa e ao amor que transcende o silêncio e o tempo.