Trovas II
Alberto Nepomuceno / Magalhães Azeredo
Sei que aí estás à janela
Por trás dos vidros, sem luz
E enquanto a noite regela
No chão pousas os pés nus
Lesta, saltaste da cama
Ao escutar a minha voz
E cuidas que ela te chama
Para falarmos a sós
Mas tu te iludes, Morena
Já não canto para ti
Canto, na noite serena
Para a lua que sorri
Exposta ao frio inclemente
Que te cresta a fina tez
Tu podes ficar doente
Vai-te deitar outra vez