Há Braços
Adeildo Vieira
Abro os braços
E no largo deste espaço
medido de uma mão à outra mão
Cabe mais do que uma braça de desejos
Se no varal do abraço estendo o coração!
Meu abraço são meus olhos instalados entre os dedos
Procurando outra visão
Por isso é que eu posso enxergar
A esperança do meu filho
E ainda o brilho ingênuo no olhar das crianças do Japão
E ainda posso até abraçar a Cordilheira do Himalaia
Se na solidão das montanhas alguém estender a mão
Para um abraço grande assim
Eu abro os braços prá você
E você abre os braços para mim