Ando Negro
[Letra de "Ando Negro"]
[Intro]
Ô, véi', o mais engraçado foi a Júlia aqui falando
Não sei por quê que o Abbot tá falando merda, que ele me chamou pra ir pra casa dele agora
Ai, ai, deixa ele sentir o gosto da minha buceta que é disso que ele gosta
[Verso 1]
Trajado de blusa de time, bitch, não pisa no Jordan
É só botar forte na puta que essa puta vai pedir
Hoje eu lucrei muito no tráfico, vou partir é fortão pro baile
Você vai lá pra casa me mamar enquanto eu faço freestyle
Aham, só botadão
Esparra pras branquela' que o neguin' tem um piruzão
(Vai tomar porrada) Na xereca da novinha
Enquanto ela mama meu pau, eu vou rasgando sua calcinha
[Refrão]
Eu ando negro, falo negro, corro negro, peido negro
Cuspo negro, ando, a-a-ando, ando, ando negro
Eu transo negro, visto negro, 'cê sabe que eu sou negro
Mano, eu vou morrer negro, sou negro, ne-negro, negro
[Verso 2]
Batendo uma virilha na outra, minha linguiça te sufoca
Mais tarde vou chamar outra, na minha Glock, roça, roça
Silicone, aham, agredindo o sutiã
Vantagem, que sacanagem, delícia, tô na vantagem
Oi, no buraco de sinuca joguei minha bola oito
A vizinha ouvindo besteira, 'cê é louco? Eu tô no coito
Coitada dessa encalhada, tadinha, não transa nada
Vou levar ela pra casa, dar pica, toma paulada
Então vai pra frente, pra trás, pra frente, pra trás
Vou dando tapa na bunda até ela não aguentar mais
Então vai pra frente, pra trás, pra frente, pra trás
Eu vou dando tapa na bunda até ela me pedir mais
[Refrão]
Eu ando negro, falo negro, corro negro, peido negro
Cuspo negro, ando, a-a-ando, ando, ando negro
Eu transo negro, visto negro, 'cê sabe que eu sou negro
Mano, eu vou morrer negro, sou negro, ne-negro, negro
Eu ando negro, falo negro, corro negro, peido negro
Cuspo negro, ando, a-a-ando, ando, ando negro
Eu transo negro, visto negro, 'cê sabe que eu sou negro
Mano, eu vou morrer negro, sou negro, ne-negro, negro
[Saída]
Aí, Abbot, vai lá em casa ver a minha calcinha rosa
Ando Negro: Uma Análise da Expressão e Provocação na Música de Abbot
A música Ando Negro, do artista Abbot, é uma composição que se destaca por sua linguagem explícita e temática provocativa. A letra aborda de maneira direta e sem filtros aspectos da sexualidade, ostentação e identidade racial. O uso de palavras e expressões chulas, como é comum no gênero do rap e do funk, serve como uma ferramenta de impacto e expressão de uma realidade crua e sem censura.
O refrão 'Eu ando negro, falo negro, corro negro, peido negro' é uma afirmação da identidade negra do artista, que se apresenta de forma integral e sem concessões. Abbot utiliza a repetição para enfatizar seu orgulho racial e sua autenticidade, reforçando a ideia de que ele é verdadeiro em todas as suas ações e expressões. A música também toca em temas de conquista sexual e poder, com o artista narrando suas experiências de forma gráfica e exaltando sua própria virilidade.
É importante notar que, embora a música possa ser vista como uma expressão de liberdade e autenticidade, ela também pode ser interpretada como objetificadora e misógina, devido à forma como as mulheres são retratadas. A letra explicita relações sexuais de maneira agressiva e desrespeitosa, o que pode gerar críticas quanto ao conteúdo e à mensagem que transmite. A música de Abbot, portanto, se insere em um contexto de debate sobre os limites da expressão artística e os impactos sociais das letras de músicas no cenário cultural contemporâneo.