Sobre a Bodhi
"Ajoelhe seu coração
Sente sobre os pés mais uma vez
Muita sujeira nesse chão
Use o tatame da lucidez
Poluição, rachaduras, cuidado frágil
Somos um vaso de vidro, quando vê já partiu
Sentimento, ditadura pensamentos obrigados
Dificil manter a postura
Nesse cativeiro: abrigados
Ouça a voz do silencio sem oração no mute
Quero ouvir Deus
Não to preocupado em que Ele me escute
Mas se Ele se alegrar
Com seu reino construido
Através de nossas mãos
Pecados serão remidos e varridos
Vairocana entoará sua canção
De perdão e compaixão
Eu entoo o mantra da gratidão
Enquanto estiver vivo pois acredito
Que o Amor é a única forma de se manter puro
Frente a isso
Um mar de corrompimento quer te banhar
No cárcere 10 dias, vão te atentar
A embarcação da Fé nunca vai afundar
Mas a escolha é tua se quiser parar de remar
Nem tudo são flores
Mas nem tudo são espinhos
Existem pedras de verdade e
Flores de plástico são caminhos
Enquanto tudo partir de Nós
Tu faz parte de nós o ego é o que parte nós
Desfaz laços e cria nós
Nosso tempo é Kairós nossa tribo: Kaiowás
O Quinze, Rachel de Queiroz
Ainda castiga nossos cearás
Cada inspiro: gratidão cada expiro: amor
Vivo numa meditação EU e eu frente ao Criador
A balança pesou pro lado da pena
Anubis não sorriu e deu a chave da algema
Caronte quer companhia e não moedas
E de cárcere não somos apenas colegas
O que te move? Qual tua fome?
O que te prende? O que te consome?
A força te impulsiona se for mágoa
Esquece esses moinhos, pois são
Águas paradas e passadas
A tua sede se for de vingança
Esse prato se come frio
Com a ira e arrogância
E quantos diamantes vão pro lixo
Todo dia, só porque tinha uma pequena mancha
Que o encobria
Meu inimigo sou eu, responsa do eu
Quando ganhou ou perdeu, e quando escureceu
Foi aqui dentro que anoiteceu
Lá fora é só reflexo de todo esse bréu
Mentir pra si mesmo, quase imperdoável
Se omitir aos sentimentos: inaceitável
Todos inocentes até que o prove o contrário
A prova ta no subconsciente
Todos são culpados
E fica calado, se vitimiza
Na hora do julgamento ajoelha e suplica
É fácil criticar sem apontar solução
Libertação vem da introspecção + ação
(O zazen é o encontro de voce com voce mesmo
É a mente com a propria mente
É o conhecer a si mesmo
Atráves de voce mesmo)
Quando aprendemos a odiar?
Ou entramos em contato com a arrogância
O rancor não pode te domar
Mergulhe dentro de si
Procure sua criança e veja que
Sua paz é guardada em abundância
Nossa vivencia não mata tua esperança
Os kms não são a real distância
Todos tem uma cota de auto realização
Se não alcança gera conflito
Angústia e frustração
E acha que é incapaz de amar o próximo
Mas em primeiro lugar acredite em si próprio
A intertextualidade da gratidão com o Amor
Do perdão com a felicidade é a
Do filho com o criador''
