Carta Nº 3

Sid, Pedro Senna, Ugo Ludovico

meu nome é carlos augusto migliaccio
tambem conhecido como migli, apelido que minha mae me deu.
depois que eu precensiei a violencia dentro de casa, uma boa parte do meu coração morreu
por um lado tudo estava bem mais cinza, e por outro lado eu começei a me importar menos com tudo isso.
a fato de me importar menos fez meu ensino medio menos doloroso, eu ate consegui fazer alguns colegas
porem ainda me cortava com muita frequencia.
eu poderia contar todos os detalhes da minha vida pra voces, cada lagrima , cada choro, cada desilusao.
porem irei contar o dia que minha vida mudou por conta das drogas.
essa é a carta numero 3

sempre me perguntei
como eu vim parar no fundo do poço
meu cortes no braço me dizem que a vida que eu levo ta osso
(2x)

ja nao falava com meu pai a um tempo
quando falava era somente sobre o necessario
ele sempre tava pior dobro a cachaça em casa
e adicionou palavras ruins pro seu vocabulario

no terceiro ano a escola melhor um pouco
nao tinha amigos faz fiz alguns colegas
o bullying continuava so que mais leve
eu tava um pouco mais feliz com a mente as cegas

fiquei sabendo de um festa de uma mina de outra escola
gente desconhecida podia ser da hora
era os 18 dela ia gente mais velha
eu tava precisando de umas companhia nova

sabia que meu pai nunca deixaria
por isso ja tinha um tempo que eu mentia
enquanto ele bebia eu saia pela janela
voltava antes de amanhecer ele nunca percebia

no dia da festa me arrumei bunito
jeans e manga cumprida pra esconde os cortes
passei no posto comprei um litro de catu
um maço de luck strike uma garrafa de corote

entrei na festa vi uma cena comum
menores embriagados era oque nao faltava
muita maconha e geral beijando na boca
de certa forma essa cena sempre me acalmava

quando via a desordem na vida dos outro
achava a minha desordem um pouco mais aceitavel
sentia que eu nao era o unico fudido
e no meio dos fudido eu nao seria indesejavel

sempre me perguntei
como eu vim parar no fundo do poço
a falta de amigos dizia que a vida que eu levo ta osso
(2x)

em meio a festa vi uma mina de canto
com olhar de melancolia mas tinha certo encanto
percebi que me encarava como se soubesse que
nossas amargura se assemelhavam um tanto

ela era a unica menina de mangua cumprida
eu era o unico menino de mangua cumprida
quando eu olhei no olho dela foi como se
ouvisse sua voz dizendo '' eu tmb odeio a vida''

pra afastar a timidez bebi um pouco
entre trancos e barrancos consgui puxa assunto
ela era uma pessoa incrivel, falava tao pouco
mas dizia muito

seu nome era bianca abrao
filha de pais divorciados
pela traiçao tmb tinha cortes no pulso
e forte pulsaçao muita emoçao
gerou atraçao prendeu minha atençao

la pras tres da matina a festa tava vazia
convidei o kid pra beber la no quintal
falei que nunca tinha beijado na boca
e riu e disse q tinha uma ideia legal

ela tava fumando um me ofereceu trago
so aceitei pq a presença dele me anima
antes ja tinha fumado alguns baseado
mas beck e bira sempre zuava meu clima

eu tava feliz, a bia era nota 10
finalmente alguem que nao tinha preconceito
tava um dia perfeito
ela perguntou se eu queria me divertir
ela conhecia um jeito
claro que respondi sim na mesma hora
ela tirou do bolso um ziplock com pozinho branco
enrolou uma nota esticou no banco
e disse que se eu exprimentasse ia me alegra um tanto

aquela cena bugou minha mente
como assim cocaina a droga do diabo e dos doente
droga de gente acabada, no fundo do poço
gente sem passado sem futuro e sem presente

porem a bia num era nada disso
bem pelo contrario parecia muito inteligente
um belo sorriso, eloquente , aparencia saudavel
era muito atraente.

pausa a historia, nesse momento eu tive um dos piores pensamentos da minha vida
as pessoas que sempre me disseram que cocaina era um droga horrivel
foram as mesmas pessoas que me trataram como uma droga horrivel
que me fuderam, nunca me deram atençao, carinho nem nada
a bia por outro lado, cheirava cocaina, e me tratou super bem
, nao me excluiu, nao me expois,nao me agrediu
caralho sera que eu sempre vi o mundo de cabeça pra baixo?
sempre fiz tudo que disseram que era certo, e deu tudo errado.
e se eu fizer o contrario?

naquele momento peguei a nota enrolada
coloquei no nariz e me aproximei do banco
respirei com toda a força que eu tive
e por 1 segundo a mente ficou em branco

foi a melhor sensaçao de toda minha vida
nariz ardendo e coraçao a milhao
me senti invencivel como se nao houve ontem ou amanha
como se eu nao tivesse problemas ou decepcao

aquela foi a primeira vez que eu me senti vivo
afastou minha apatia e toda a depressao
a sensação era igual se corta
so que multiplicado por milhao.

Curiosidades sobre a música Carta Nº 3 de シド

De quem é a composição da música “Carta Nº 3” de シド?
A música “Carta Nº 3” de シド foi composta por Sid, Pedro Senna, Ugo Ludovico.

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