Carta Nº 1
eu sempre observei os outro
gostava mais de olhar do que participar
me achava louco
tinha dificuldades de enturma me encontra
nao gostava dos assunto eu nao me via nos outro
na escola geral era extrovertido
via gente brincando correndo sempre divertindo
eu queria muito fazer parte disso
mas nao sabia como, sempre tive bloqueio em ter amigos
tinha dificuldades de expressa oq eu pensava
de agir naturalmente de fazer brincadeira
sempre ficava super vigilante com comportamento
raramente eu levantava da cadeira
me sentia um animal encurralado na sala
daquele que tem medo mas nao fala
eu lembro a dor de sempre ser a piada
do garoto popular pra menina bonita da risada
o professor dizia relaxa é so brincadeira
todo mundo é amigo entao nao se estressa
se todo mundo é amigo igual ce diz
pq q eles me tratam como algo que nao presta
pq q o adolescente tem que ser tao tribal
usa da violencia pra sentir maior
perdi a conta de quantas vezes apanhei
pra menino da sala senti o ego melhor
da quarte serie ate a oitava serie
eu sempre me perguntava se eu tinha alguma doença
pq eu passei menos tempo falando com gente da minha idade
do que refletindo dentro da minha cabeça
sentia que ninguem ligava pra minha presança
so lembravam de mim pra fazer piada
a pior parte nem era a risada era quando passava
e voltava toda a indiferença
em casa o clima tava sempre tenso
minha mae limpava cozinhava e trabalhava em excesso
meu pai era um homem dificl
ou tava estressado no trabalho
ou bebado no recesso
eu nao tinha amigos, nao podia falar com meus pais
isso alimentou minha agonia
rodeado de pessoas porem me sentindo só
eu juro a solidao é uma pessima companhia
lembro desse dia
dia 28 de março de 2009
meu decimo terceiro aniversario
convidei todo mundo da minha sala
meu pai comprou refri
minha mae comprou salgado
marcado pras 2 da tarde
minha mae alugou mesa cadeira
eu tava com receio
oq mais temia aconteceu
o tempo passou anoiteceu
e ninguem veio
lembro de chorar deitado sozinho no quarto
pergunta pra mae oq eu tinha feito de errado
eu nunca maltratei ninguem na vida
pq q toda chance que eles tinham eu sempre era maltratado
eu passei o dia inteiro tentando entender
oq q outros fazem que eu tenho q fazer
oq q eles sabem que eu tenho q aprender
pq q eu nao consigo ser que nem voce
eu via os filme de super heroi na tv
e eu percebi que eu era um super heroi
e sabe qual é a parte que doi
aceita q invisibilidade era o pior super poder
quando o choro parou eu me senti vazio
como se nao tivesse mais vivo
isso me agoniou , eu so queria sentir algo
qualquer sentimento traria alivio
sentei no chao do quarto
tirei a camisa
deitei no chao gelado
tentei sentir a brisa
do nada meu pulmao ficou pequeno
nao tem oxigenio oq ta acontecendo com a minha vida
minha mao suando meu coração palpitando o olho lacrimejando
minhas pernas tremendo
o corpo cum gasstura uma sensação tontura
minha mente na tortura eu achei q tava morrendo
cheguei no banheiro dos meus pais
eu nao sentia nada
e aos mesmo tempo sentia tudo
eu sentei rezei mas acho q deus tava ocupado
afinal eu nao sou normal igual todo mundo
em meio a desespero ja sem pensamento
olhei a pia do banheiro vi uma gilete usada
nao racioceinei eu tava sem dicernimento
parei e so foquei no lindo brilho lamina prateada
algo me dizia que ali tava a saida
encostei a lamina de lado na pele suada
pressionei ate que a dor afastasse minha apatia
e vi escorre na pia alegria* avermelhada
eu vi escorre na pia agonia acumulada
eu vi escorre na pia a solidao da minha sala
eu vi escorre na pia oq os aluno falava
eu vi desce pelo ralo tudo aquilo que eu fugia
nem foi um corte profundo
mas o sentimento foi uma fossa abisal
meu corpo sentia dor
eu esquecia que a minha mente tava mal.