A Última Estrofe

Cândido das Neves Índio

A noite estava assim enluarada
Quando a voz já bem cansada
Eu ouvi do trovador
Nos versos que vibravam de harmonia
Ele em lágrimas dizia
Da saudade de um amor
Falava de um beijo apaixonado
De um amor desesperado
Que tão cedo teve fim
E desses gritos de tormento
Eu guardei no pensamento
Uma estrofe que era assim:
Lua
Vinha perto a madrugada
Quando, em ânsias, minha amada
Nos meus braços desmaiou
E o beijo do pecado
O teu véu estrelejado
A luzir glorificou
Lua
Hoje eu vivo sem carinho
Ao relento, tão sozinho
Na esperança mais atroz
De que cantando em noite linda
Essa ingrata volte ainda
Escutando a minha voz

A estrofe, derradeira merencória
Revelava toda a história
De um amor que se perdeu
E a lua que rondava a natureza
Solidária com a tristeza
Entre as nuvens se escondeu
Cantor, que assim falas a lua
Minha história é igual à tua
Meu amor também fugiu
E disse eu em ais convulsos
E ele então entre soluços
Toda a estrofe repetiu

Lua
Vinha perto a madrugada
Quando, em ânsias, minha amada
Nos meus braços desmaiou
E o beijo do pecado
O teu véu estrelejado
A luzir glorificou
Lua
Hoje eu vivo sem carinho
Ao relento, tão sozinho
Na esperança mais atroz
De que cantando em noite linda
Essa ingrata volte ainda
Escutando a minha voz.

Curiosidades sobre a música A Última Estrofe da Gal Costa

Quando a música “A Última Estrofe” foi lançada por Gal Costa?
A música A Última Estrofe foi lançada em 2001, no álbum “Gal de Tantos Amores”.
De quem é a composição da música “A Última Estrofe” da Gal Costa?
A música “A Última Estrofe” da Gal Costa foi composta por Cândido das Neves Índio.

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